Confira tudo o que você precisa saber sobre o ESG, um conceito que está em alta no mercado, que nos traz um alerta sobre o que de fato vai estabelecer o futuro e os ganhos reais de um negócio.
18/09/2023 11h07 – Atualizado há 1 mês.
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Muitas das preocupações dos líderes das empresas estão relacionadas com metas, com o controle de resultados no final de cada mês, semestre, ano ou ciclo. No entanto, a verdade é que nem sempre essa correria e inquietações estão atreladas ao que, de fato, vai determinar a saúde de um negócio e a sua relevância – tanto para o mercado quanto para os consumidores.
E é para alimentar esse alerta e trazer um novo viés, que o conceito ESG surgiu, para nos lembrar de três pilares estratégicos em níveis sociais e econômicos, que ressaltam o que realmente importa e o que tem sido necessário investir. Nos últimos anos, a sigla tem ganhado destaque no mundo corporativo, não só se difundindo em sua representatividade, bem como em sua relevância nos resultados.
Mas afinal, o que exatamente significa ESG e por que é tão importante para as organizações? Neste artigo, falaremos sobre o que engloba ESG – que respectivamente contempla as áreas: ambiental, social e de governança – e como as empresas podem incorporar esses princípios em suas operações para promover um negócio mais sustentável e responsável.
MAS AFINAL, O QUE É ESG?
A sigla ESG surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. Na mesma época, a UNEP-FI lançou o relatório Freshfield, que mostrava a importância da integração de fatores ESG para avaliação financeira. Já em 2006, do PRI (Princípios do Investimento Responsável), que hoje possui mais de 3 mil signatários, com ativos sob gestão que ultrapassam USD 100 trilhões – em 2019, o PRI cresceu em torno de 20%.
Apesar de ter tido inicialmente um destaque mais expressivo no mercado de investimentos, o conceito está ganhando o mundo em diferentes setores, tendo alcançado maior notabilidade e força em 2015, ao fazer parte da Agenda 2030 da ONU e do Acordo de Paris. Dentre os objetivos de ESG, estão elencados 17 tópicos, que segundo a ONU, são o foco para consolidar um desenvolvimento sustentável. Confira os 17 objetivos resumidos:

A abordagem ESG representa três pilares fundamentais que orientam as práticas de instituições responsáveis. É originado do inglês e significa respectivamente: Environmental, Social e Governance.
• AMBIENTAL (environmental)
Concerne às ações e políticas que uma empresa implementa para minimizar o seu impacto no meio ambiente. Isso inclui a redução de emissões de gás carbono e outros gases poluentes, o uso eficiente de recursos naturais, a gestão sustentável de resíduos, a adoção de fontes de energia renovável e mais eficientes, além da preservação da biodiversidade, do ar e da água.
Começar por esse conceito é perceber que não dá mais para considerar a sustentabilidade um conceito distante ou chato. A sobrevivência de qualquer empresa passa antes pela sobrevivência dos ecossistemas e condições de vida – de saneamento, alimentação e clima.
Apelos referentes às crises climáticas e as reservas de energia e alimento, mostram que os cenários estão se agravando mais cedo do que se previa. Segundo aponta o Greenpace, sobre o Relatório IPCC publicado em fevereiro de 2022, a crise climática já manifesta consequências irreversíveis. “Faz-se necessária a mudança do sistema socioeconômico para evitar o agravamento dos eventos extremos, e cada 0,1°C a mais conta”, defende a coordenadora da campanha de Clima e Justiça, Fabiana Alves.
O Relatório IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) é um documento que apresenta o cenário intergovernamental sobre mudanças climáticas, baseado nas mais apuradas pesquisas e mais abrangentes análises, feitas por mais de 2.500 cientistas do mundo todo. No sexto e último relatório, publicado em 20 de março de 2023, mostra que 170 países já incluem medidas climáticas de adaptação para conseguirem lidar com alguns impactos climáticos. No entanto, esses esforços ainda precisam progredir e acelerar, pois no geral as medidas adotadas estão voltadas para riscos de curto prazo. “Apesar do progresso, os atuais fluxos financeiros globais para a adaptação são insuficientes e restringe a implementação de opções de adaptação, especialmente nos países em desenvolvimento“, segundo o IPCC.
• SOCIAL (social)
Engloba as políticas externas para o bem-estar e tratamento justo de colaboradores assim como o envolvimento com a comunidade local. Inclui também iniciativas para estabelecer a diversidade, a responsabilidade social, a defesa dos direitos humanos e a diversidade de fornecedores.
Ao estar voltado para o seu público de interesse (os colaboradores), o S trata sobre cuidado. Segundo análise apresentado pelo Portal Statista, em maio de 2022, a pandemia da COVID-19 mudou a forma como a colaboração e estilos de vida e trabalho mais eficientes estavam sendo tratados, expondo a necessidade de pensar no coletivo para continuidade dos negócios, mas também pensar no indivíduo, para a saúde dos sistemas.
Como um exemplo de mudanças realizadas dentro do social, podemos citar o primeiro programa de trainee exclusivo para negros, lançado pela Magazine Luiza, em 2021. A partir de uma pesquisa interna, constataram a necessidade de ampliar a presença de pessoas afrodescendentes nos cargos mais expressivos da empresa.
Vale considerar neste campo também, os programas de assistência psicológica, de apoio a práticas esportivas, acesso a cursos, profissionalização e desenvolvimento, assistencialização de ações sociais.
Falar sobre o social em ESG também é se relacionar com o bem-estar físico e mental dos colaboradores; é representar culturas empresariais mais saudáveis e com impacto mais humano; é levantar a necessidade de romper com estruturas de trabalho nocivas e estabelecer relações mais positivas.
• GOVERNANÇA (governance)
Trata-se da estrutura de governança da empresa, ou seja, da sua forma de comando, suas práticas de gestão e os mecanismos de prestação de contas. Envolve ética nos negócios e conformidade com as regulamentações, práticas de equiparação, bem como uma política de transparência, responsabilidade fiscal, combate à corrupção, garantia dos direitos dos acionistas e compliance.
A Lei Anticorrupção (Lei 12846/2013) é um exemplo de implementações na parte de governança corporativa, que penaliza empresas que tiveram ou possuem envolvimento com atos de corrupção, vinculados a órgãos do governo – mostrando que estar de acordo com o ESG vale para todas as empresas (isso independe de seu ramo de atuação ou porte).
ESG É APENAS PARA AS GRANDES EMPRESAS?
Antes de prosseguirmos para os benefícios e aplicações dessa tríade, é preciso responder esta questão. Não é apenas para as grandes empresas. ESG é, inclusive, para as pequenas e médias empresas (MPMEs)! ⚠️⚠️
Segundo a Bureau Veritas (organização internacional de certificação em normas que têm por objetivo indicar padrões de qualidade na produção, comercialização e respeito ao meio-ambiente por parte das empresas do mundo todo), a adesão das MPMEs a condutas sustentáveis pode ser decisiva não apenas para apresentar uma imagem mais positiva para clientes, mas crucial para obter contratos de fornecimento, financiamentos bancários ou atrair potenciais investidores.
Não é possível ignorar a importância do tema no mundo corporativo de hoje e a comprovação de aderência a essas práticas é crescentemente vista como condição indispensável para todo e qualquer negócio (ainda que o interesse não seja captação de investimentos).
As micro, pequenas e médias empresas podem considerar, por exemplo, o seu impacto ambiental de pequena proporção, não dando a relevância devida a este tópico, tratando-o como distante ou difícil de se relacionar no dia a dia de suas operações. Entretanto, desde o descarte do lixo de forma correta, a reciclagem, ou até mesmo a economia de energia e consumo mais eficiente são exemplos de pontos alcançáveis e super relevantes que integram este pilar de ESG.
É preciso abandonar essa mentalidade de que qualquer pequena movimentação não terá grande impacto e, por isso, ela acaba não tendo importância ou mesmo nem sendo realizada. No lugar disso, é preciso fortalecer o pensamento de que qualquer pequena ação vale sim ser executada, pois é a soma dessa cadeia de pequenas obras que vão construir um caminho para as grandes e inadiáveis transformações.
O modelo ESG movimenta advertências de que é preciso que toda a sociedade trabalhe em conjunto para conseguir qualquer força de mudança ou viabilizar quaisquer melhorias – sejam elas sociais, ambientais ou de governança. É sobre quebrar esses paradigmas de níveis de amplitude e estabelecer em definitivo a responsabilidade de todas as instituições na sociedade e seus impactos no meio ambiente.
Qualquer empresa que atue aplicando esse tripé em sua cultura, prática e gestão, transforma seu DNA para ser mais responsável, criterioso, humano e preparado para se adaptar às mudanças e capaz de estabelecer crescimento e evolução.
“Estamos falando de uma questão de lógica e isso independe do tamanho da empresa. Como o resultado financeiro vai depender cada vez mais de uma agenda social e ambiental, é preciso que as empresas transformem seu modelo de negócio, seja ela grande ou pequena”, defende Sonia Consigloio Favaretto, especialista em sustentabilidade e SDG Pioneer, pelo Pacto Global da ONU.
CONFIRA ABAIXO OS BENEFÍCIOS EM APLICAR O ESG
O Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum), organização internacional para a cooperação público-privada, publicou em Davos, na Reunião Anual de 2020, um guia para esta agenda de desenvolvimento consciente pautada pelo ESG. Este artigo contém alguns direcionamentos com dados fundamentados nesses princípios.
Segundo o documento do Fórum, trabalhar com ESG na cultura e na prática diária das atividades nas empresas é estabelecer um cenário positivo em vários aspectos, que separamos e listamos alguns deles a seguir:
• Inovação e resiliência a riscos
Segundo o Pacto Global, “as questões ambientais, sociais e de governança passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor empresarial.”
Desta forma, empresas com políticas ESG sólidas são mais bem preparadas para lidar com os desafios e as crises, como flutuações econômicas, pressões regulatórias e eventos climáticos extremos.
Empreender segundo às diretrizes de ESG, “amplia a competitividade do setor empresarial, seja no mercado interno ou no exterior. No mundo atual, no qual as empresas são acompanhadas de perto pelos seus diversos stakeholders, ESG é a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades”, segundo análise feita pelo Pacto Global (iniciativa lançada em 2000 pelo atual secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan).
Além de que contribuir para que o futuro seja mais esperançoso para todos – tanto no cenário interno da instituição quanto no externo, visto que pensar em ESG é se voltar para a disseminação não só de boas práticas, costumes mais éticos e igualitários, mas também para condutas mais sustentáveis e inovadoras.
• Atração de talentos e de capital
De acordo com dados apresentados pela International Business Report (IBR) – em uma pesquisa feita pela Grant Thorton – cinco mil empresários de 29 países foram entrevistados, sendo que 89% consideram o ESG relevante para os negócios. A pesquisa mostra que 90% deles consideram que essas práticas elevam a imagem das empresas. 53% estão convictos de que as atuações voltadas para o meio ambiente, social e de governança possibilitam novos negócios, parcerias, com retornos mais positivos.
Empresas amigas do ESG podem atrair mais visibilidade. Visto que isto comunica sobre as intenções de uma empresa ser cada vez mais inovadora em seus processos e inteligente em suas práticas. Ao atuar com essa base, é o mesmo que prosseguir para uma evolução, o que para os investidores é um ponto fundamental para assegurar um pouco mais os seus investimentos.
“Todas as partes interessadas da cadeia estão mais atentas e demandantes de maior performance socioambiental e de governança e, ainda, atrelada a resultados financeiros vistosos. Vários defendem que a sustentabilidade pode entregar um melhor resultado financeiro já no curto prazo, outros dizem que só é possível ver esses ganhos no longo prazo e, alguns, imbuídos de impressionante opinião ultrapassada – perdoem a crítica –, dizem que traz apenas prejuízo. Fato é, busquem informação e entendam que propósito e lucro são indissociáveis”, argumenta Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global, em artigo para a revista Exame.
A pauta também pode orientar as ações de Recursos Humanos (RH), com iniciativas para conectar times, objetivos de negócio e estabelecer culturas mais eficientes e com forte geração de valor. Desta maneira, fica aqui um poderoso artifício para gerar engajamento e para retenção de talentos que também estão preocupados com o desenvolvimento pessoal e social, pois além de poder anexar aos valores de cada indivíduo, é possível também ampliar as suas experiências de vida – ao ter contato com a tríplice de ESG. Essa lealdade é um grande benefício.
Há profissionais que estão cada vez mais criteriosos em suas aspirações em termos de ambientes de trabalho, cultura das empresas e aderência a causas sociais e de melhorias na gestão, segundo relatório apresentado pelo Pacto Global, “A evolução do ESG no Brasil”.
De acordo com este material, o compromisso com o ESG pode ajudar a atrair e reter os melhores talentos do mercado, e a estabelecer uma vantagem competitiva para os investidores.
“É de conhecimento que tanto Millennials quanto membros da geração Z revelam forte interesse por investimentos sustentáveis, por exemplo. Nos últimos anos, 78% e 84% destas gerações, respectivamente, declararam optar por negócios atrelados ao meio ambiente em questões políticas e pautas sociais – que são os três temas de maior atenção para a Geração Z.”
Em artigo publicado pelo LinkedIn: “Gen Z: como atrair os novos talentos?”, cita que aqueles que nasceram em meados de 1995 e 2010, considerados da Geração Z, esse grupo constitui em 20% da população brasileira, como mostrado em dados explorados pelo artigo, de 2022.
Manuela Ribas Mitchell, CEO e fundadora da startup Pipo Saúde (que realiza a gestão de planos de saúde para pequenas e médias empresas) salienta que “mais do que outras gerações, eles querem trabalhar com algo que acreditam. E querem saber como as empresas se posicionam. Antes, a empresa não se posicionar era comum. Hoje, isso mudou e é uma demanda da geração”.
• Aprimoramento da reputação e fidelidade do cliente
Adotar o ESG ajuda a construir uma confiança sólida e positiva no mercado. Pode resultar em uma base de usuários mais fiel e engajada. Consumidores que se identificam com os valores e práticas de uma empresa têm maior probabilidade de se tornarem clientes fiéis e defensores da marca.
Inclinar-se para esse tópico é ser estratégico quanto ao comportamento do cliente e suas mais sensíveis aspirações; é compreender que uma empresa que não pensa nos seus consumidores, não apenas foge dessa estrutura proposta pelo ESG, mas de todas as mais simples e boas atividades de branding – isto é, um conjunto de ações que gerenciam o posicionamento, propósito e valores de uma marca, para que estejam alinhados tanto para prospecção de novos quanto para a retenção de clientes.
Muitos consumidores e parceiros comerciais preferem fazer negócios com empresas que demonstram responsabilidade ambiental e social.
De acordo com o instituto Nilsen, em 2015, “o número de consumidores dispostos ultrapassou o limite de 50% e as vendas em dólares de marcas comprometidas com a sustentabilidade cresceram quatro vezes mais do que aquelas que não anunciavam como sustentáveis. No entanto, os dados não são conclusivos: um estudo divulgado pela empresa de serviços profissionais Accenture, em junho passado, revelou que os consumidores ainda consideram a qualidade e o preço acima do impacto ambiental quando fazem uma compra.”
E ainda ressalta Tensie Whelan, diretora do CSB, à Fortune: “As empresas de marketing e os gestores de marcas operam utilizando um paradigma ultrapassado. A sustentabilidade é o que vai romper com esse ponto de vista ambiental e social desatualizado”. Segundo Whelan, falta aos líderes empresariais compreender que os interesses dos consumidores estão mudando e que se as marcas não corresponderem a essas mudanças, perderão mercado.
• Adaptação às regulamentações futuras
A regulamentação em torno do ESG está em constante evolução. As empresas que já incorporam esses princípios em suas operações serão mais bem qualificadas para se adaptarem às futuras exigências legais.
“O que promove uma contribuição para um mundo melhor, pois além dos benefícios comerciais, a adoção do ESG permite que as organizações contribuam para realizações mais sustentáveis e socialmente responsáveis. Isso é pensar na vida e na saúde do próprio negócio, em todos os que são impactados diretamente e indiretamente”, conclusão ponderada em material “ESG no Brasil: um olhar jurídico”, publicado por Pinheiro Neto Advogados.
E COMO IMPLANTAR O ESG? POR ONDE COMEÇAR?
É importante ressaltar que uma aplicação eficaz do ESG requer um compromisso genuíno de alta administração. E a partir desse posicionamento, é possível construir um plano de ações e de melhorias; para implantar essa nova estrutura e modelo de trabalho.
Abaixo, apresentamos alguns caminhos que a sua empresa pode trilhar para criar soluções e adotar esse modelo, dando um pontapé inicial para essa transformação:
🔵 PASSO 1
Inicialmente, é fundamental realizar uma avaliação do cenário e definir metas e estratégias para alcançá-las. É interessante reunir representantes de todas as áreas para ter informações e o desenho claro de todos os departamentos.
🔵 PASSO 2
Estabeleça metas específicas e medidas, integrando o ESG às operações cotidianas, garantindo que os princípios do ESG sejam incorporados de ponta a ponta. Uma dica aqui é começar com medidas simples e ir caminhando para as mais complexas, em uma cadência do item de menor para o de maior impacto.
🔵 PASSO 3
Agora, é partir para a implementação e alcance das metas pré-definidas. Certamente será necessário um treinamento e estratégias de conscientização dos funcionários, isto é, capacitar o time para que entendam do que se trata, para que possam entrar nessa nova etapa e aderir de forma consciente e genuína ao novo modelo. A transparência e a comunicação são essenciais.
🔵 PASSO 4
Comunique as iniciativas ESG para todos os públicos de interesse, incluindo clientes, colaboradores e investidores. Isso vira a chave e leva essa nova orientação para a mentalidade de todos, de ponta a ponta. Não basta realizar. Aqui é sobre a necessidade de demonstrar, de tornar claro e evidente.
🔵 PASSO 5
Após o início das mudanças e novas práticas, cabe estabelecer critérios de avaliação; para aferir os estágios, ganhos, evolução, impacto e para realizar ajustes constantes. Esses são para adaptação, pois cada empresa tem suas características próprias; e, para tanto, precisam de soluções alinhadas e exclusivas com sua atuação e produtos que entregam. A solução desenhada para uma instituição pode não valer para outra, ainda que sejam do mesmo segmento. Avalie regularmente o progresso interno em relação ao seu negócio.
LEMBRANDO QUE
Os CEOs e a liderança desempenham um papel crucial na promoção do ESG dentro da organização. Eles são os grandes responsáveis por criar uma estratégia ESG abrangente e garantir que ela seja integrada. Além disso, ao verem seus líderes praticando, aprenderão pelo exemplo, fazendo com que os demais comprem a ideia mais facilmente
⚠️ E FICA UM ALERTA FINAL!
A prática de ESG é válida quando não fica apenas no discurso ou nas campanhas publicitárias, mas sim são levadas à sério. Dizer que está adotando práticas sustentáveis, quando na realidade apenas se utiliza dessa fachada para benefício próprio, vender e enganar o consumidor, é uma prática conhecida como Greenwashing; é se apoiar em máscaras e discursos, mas não atuar na realidade.
Segundo o Prof. Dr. Luís Fernando Guedes, da FIA Business School, “estratégias de comunicação que induzem o público a acreditar numa proposta socioambiental que não é verdadeira impõem um risco enorme à organização. Esse jogo de reputação é uma multiplicação, em que basta um ‘zero’ para que o resultado seja também zero, não importando quantos ‘uns’ foram obtidos”.
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A integração do ESG não é apenas um modismo, mas uma abordagem fundamental para o sucesso e a sustentabilidade das empresas. Ao adotar práticas ambientais, sociais e de governança responsáveis, as empresas podem não apenas reduzir o seu impacto negativo nesses ecossistemas, como também criar vantagens competitivas e fortalecer suas relações com os stakeholders.
É essencial que as organizações compreendam a importância do ESG e incorporem esses critérios em sua estratégia de negócios. Ao fazer isso, não apenas contribuirão para um mundo melhor, mas também para construir um futuro mais seguro e próspero para si mesmos. Portanto, o ESG não é apenas uma escolha ética, mas também uma escolha inteligente para o sucesso a longo prazo.
“Na era da hipertransparência e hiperconectividade não é opção ficar alheio às demandas da sociedade. Se você já adota as melhores práticas de sustentabilidade, encha o peito e vá ao mercado lançar mão dos numerosos instrumentos financeiros para fatores ESG e orgulhe-se diante do seu Conselho de Administração pelo reconhecimento das agências e outras instituições. Se você não internalizou a sustentabilidade, corra! O mercado está nervoso e a sociedade, vocal e ruidosa”, defende Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global.
E para todos no papel de consumidores, fica o compromisso de avaliar quais empresas estão atuantes nesse tripé, quais empresas estão levantando essa bandeira de verdade ou quais apenas utilizam dessa linguagem para vender. Nossa escolha é importante para forçar o mercado a aumentar a qualidade nas entregas somado a práticas mais inteligentes, responsáveis e sustentáveis.
Fonte: https://conectabrasil.org/#/blogs/details/a-importancia-do-esg